Eu já fui uma Mulher que Ama Demais!

O sentimento é de estar louca por alguém, literalmente. Exatamente como diz o título do seriado americano: Mad About You! Você se esquece de quem é para se colocar à “mercê” do outro, feito um capacho. E, o princípio disto está na nossa autoestima. Um fator determinante no desenvolvimento de nossa inteligência emocional. Penso que, exceto os distúrbios, todas nossas dificuldades emocionais têm na raiz problemas com a autoestima. Acho que, o nome adequado, para este grupo, seria Mulheres que se Amam de Menos.

Estranha Loucura, cantada por Alcione.
(Houve um tempo que, eu tive certeza de que escreveram esta música para mim).

Existem, também, homens que amam demais. Mas, a incidência entre as mulheres é muito maior. Deve ser por causa do instinto maternal, da necessidade de consertar o mundo e/ou as pessoas e da predisposição ao amor incondicional.  Porém, mesmo o amor incondicional precisa de certo equilíbrio. Uma mãe pode amar incondicionalmente o(s) filho(s), mas não deve esquecer-se de si mesma. Senão, se transforma numa relação doentia.   

Entretanto, assim como podemos amar demais, o contrário também é verdadeiro. Mad em inglês pode significar loucura ou fúria.  Você pode dizer: Louco por você ou Furioso com você, utilizando a mesma expressão. É o que acontece na hora da “virada”. O sentimento pula de um extremo ao outro.

Acredito que, os sentimentos e as emoções coabitam numa mesma reta numérica?!  Amor/Ódio, Alegria/Tristeza, Coragem/Medo, Razão/Loucura, Compaixão/Raiva etc.  Nós precisamos de todos eles. 


Por isso, devemos buscar a justa medida para nossas contas. Porque, para todo valor positivo existe um mesmo valor negativo, chamados números equidistantes. Então, qualquer sentimento, pendendo demais para um dos lados da reta, pode se transformar no seu oposto, com a mesma intensidade. E isto não é bom. Uma mulher que ama demais, quando “acorda” é tomada pelo “furor uterino”. Nem queira saber como é...

Claro que existem momentos e situações excepcionais. Estes, nós devemos viver sem medo. Extrema alegria, profunda tristeza, prazer intenso ou qualquer outra coisa. Mas se, qualquer um deles, perdurar por muito tempo, aí surge um problema. Precisamos buscar as variações necessárias, vivendo um pouco de cada, para alcançar o equilíbrio. E, no final das contas, o resultado ficará próximo do ótimo.

Não podemos esquecer, também, das questões químicas. Nosso organismo funciona, emocionalmente, através de reações químicas. Potencializadas por agentes externos, condições que nem sempre conseguimos controlar. Se, colocamos os elementos certos, na quantidade certa e condições ideais, nossa fórmula será um sucesso! Senão, teremos um desastre. Acertar é complicado, mas não é impossível.
Eu tive um professor, de química prática, que era hilário. Às vezes, ele “confundia” as coisas, colocava componentes demais ou de menos e o caos estava armado! Ou explodia ou transbordava o líquido. Nós alunos, que assistíamos de fora, achávamos engraçado ou assustador, dependendo do que acontecia.  Mas, para ele, não devia ser nada agradável.

Por fim, buscar o equilíbrio emocional é parecido com velejar. Dependendo das condições do mar, você não vai conseguir navegar. Se as condições forem de calmaria ou mar revolto, não dá. Para a canoa não virar ou “empacar”, precisamos de pequenas e constantes ondulações do mar
Caso contrário, não vamos a lugar algum!




* Fazer Sexo: Segundo os matemáticos é uma equação perfeita. A mulher coloca a unidade entre parênteses, eleva o membro à potência máxima e extrai-lhe o produto, reduzindo-o à sua mínima expressão.

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Prazer em conhecer!